segunda-feira, março 12, 2018

uma casa entre outras [poema 177]

Gosto da casa entre as ruínas
Da casa, sem paredes, entre o silvado
Ou matas queimadas,
De uma casa com escadas
sem beirado
Em granito antigo ou madeira gasta
Envolta por janelas abertas, desmontadas

Casa que o tempo leva,
carrega e traz
Para a frente e para trás

Gosto de ser casa que se constrói
Entre aquilo que não se sabe, e até dói
Mas que é casa que não mora
sozinha

É esta casa que sou eu
e é minha

3 comentários:

Anónimo disse...

acho que tb gostava de ser uma casa dessas

Anónimo disse...

imagino-me, sendo reconstruída,
com imensos portais de vidros,
por onde a lua do sol, ou do luar,
venha adentra re ali fazer morar
com cintilantes raios a dançar.
sentir o perfume das tintas novas,
o pó do novo a rebuscar suas paredes,
como se fosse uma linda mulher preparando para ver seu amado.
...deixando de lado o cheiro do mofo, sentindo o frescor do novo.
ah!!! uma casa sendo reformada, com detalhes, com cortinas se vestindo uma dama.
em demais são detalhes a pensar..

Anónimo disse...

lindo, ó padre
andas mt inspirado