sábado, outubro 08, 2016

Leitura [poema 118]

Costumo ler-te por dentro
Como livro sagrado e antigo
Leio-te com pó envelhecido
Na teia trabalhada a ouro
Pela aranha de mil pés
Tudo cheira a bafio e distante
Mesmo que por dentro eu leia
E passeie as folhas com desvelo

Deixarei de ler-te dentro de mim
E passarei a ler-te por ti adentro

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bpm! Inspirador....
Devia de escrever um livro sr.poeta.

Anónimo disse...

lindo,
bj

PR disse...

Um hino à consumação do amor!